sábado, 28 de março de 2015

Carne na Pedra + Fondue de Queijo

28 de Março

Este sábado tivemos a companhia do Tio Ricardo e família. Foi um jantar engraçado, pena que o Francisco não pode vir.

A carne na pedra é um clássico cá em casa e que atinge sempre o objectivo.
Para um sucesso garantido, só são precisas duas coisas, carne da melhor qualidade possível e imaginação.

Usámos bife de vitela, lombinho de porco, peito de frango e chouriço de carne e de sangue e um toucinho de porco preto absolutamente devastador para o paladar e para o colestrol.
Tudo cortado em pedacinhos de dois a três cm, separados cada tipo na sua tigela - Os enchidos e o toucinho foram juntos para uma. Temperei com um bocadinho, muito pouco, de flor de sal.
E a carne está pronta. Juntámos uma tigelas de bocados finos de ananás e meias bananas, para fazerem companhia às carnes, na pedra.

Agora os molhos. seis tigelas pequenas, cada uma com três colheres de maionese, eu usei de compra, mas se tiverem paciência de a fazer ainda fica melhor.
Piquei um dente de alho, muito bem picado, e umas duas colheres de coentros frescos, e foi para dentro de uma das tijelas, depois com um garfo é mexer bem, provar e se necessário meter mais sal.
Cada marca de maionese difere, e como a carne praticamente não tem sal, o nosso gosto aqui é que vai funcionar. Um molho já está.
Uma colher de sobremesa de massa de pimentão caseira, foi para outra tijela, mexer e já está, nem foi preciso provar porque a massa de pimentão é salgada o suficiente. Dois.
Duas ou três colheres de ketchup, uma pitada de sal, mexer. Três.
Piquei muito finamente um sortido de pickles (mais ou menos duas colheres de sopa), mexi e não levou sal. Quatro
Uma colherzinha de café pequenina, mal cheia de massa de malagueta (o piri-piri que mais usamos cá em casa), uma de sobremesa de pimentão em pó (colorau), mais para dar cor que outra coisa, mexer e...cinco.
O sexto foi o Zé que inventou, uma colher de sopa de mostarda. E ficou delicioso.
Nós costumamos inventar imenso nestes molhos o que normalmente ajuda à conversa, uma vez que passamos o jantar a decidir qual o melhor. O primeiro da lista, é sempre certo. normalmente fazemos a dose a dobrar e nunca sobra.
Cortei uma cenoura descascada ao meio e depois em tiras para podermos molhar nos molhos e também meti na mesa uns pepinos pequeninos de pickles para o mesmo efeito.

Para acompanharmos fiz um pão com farinheira - o que também é fácil:
Corta-se uma tampa a um pão de quilo (com dois dias), tira-se com cuidado o miolo e desfaz-se bem, para não ficarem bocados grandes, para uma tigela. Cuidado para não furar a côdea do pão no processo.

Numa frigideira abrem-se e desfazem-se duas farinheiras, tirando a pele. Quando começarem a querer fritar, deita-se um copo de água (+/- 20 cl) e mistura-se o miolo do pão, envolvendo-o na farinheira até fazer uma massa homogénea. Isto teria ficado muito melhor com vinho branco, mas como não levanta grande fervura e o pão vai absorver o líquido, tive receio por causa das as crianças.
Quando a massa estiver homogénea, vai para dentro do pão e tapa-se - eu reaqueci o meu pão no forno momentos antes de ir para a mesa, mas é uma coisa que se pode comer fria.

Fiz também uma super-simples polenta. Para 300g de farinha de trigo usei 1,5l de água, noz moscada e uma pitada de sal.
A parte mais aborrecida da polenta, é o facto de ter de estar pelo menos meia-hora, sempre a mexer o tacho, senão vai-se pegar ao fundo - é garantido. Eu já tentei várias maneiras de deitar a farinha de milho para dentro da água, mas fica sempre com grumos e acabo sempre por seguir a sugestão da Anabela: passar com a varinha mágica (tem de ser antes de engrossar muito). Como sempre, quando a polenta começa a ganhar consistência, provar de sal e corrigir de acordo com o gosto. É fácil verificar se a farinha já está cozida: ao provar, se ficar um gosto amargo na boca, ainda não está.
Se por acaso se verificar que está a engrossar e ainda não está cozida, deitar mais água. Desta vez não usei, mas é habitual fazer polenta com caldo de carne, ou outros. Quando estiver pronta, isto é, cozida, deitar para dentro de um tabuleiro e deixar arrefecer, vai ficar com a consistência de uma gelatina grossa, e quando fria, dá perfeitamente para cortar aos cubos. Nós usámo-la assim, mas pode ser frita em azeite ou manteiga.

Ainda fizémos, para compor a mesa, dois tomates cortados em fatias finas e uns rabanetes maravilhosos que havia no mercado, cortados com um simples fatiador de legumes. Ambos foram superiormente temperados pela Anabela, com azeite sal e ervas.

A pedra é pré-aquecida em lume forte, no fogão a gás, mudando de posição de vez em quando para distribuir bem o calor, são pelo menos quinze minutos. depois vai para o suporte, previamente instalado na mesa, e com as lamparinas já acessas - é preciso muito cuidado, porque normalmente o pessoal está eufórico, as crianças pulam e gritam, e uma pedra quentíssima a passar pelo meio é extremamente perigosa. Há que ter respeito, para evitar acidentes graves.

Quanto ao fondue, a receita fica para outra oportunidade, só espero que não demore muito, porque já me apetece mais.


domingo, 22 de março de 2015

Arroz de Marisco

22 de Março

Não, a data não é um engano, este jantar de sábado, foi mesmo ao domingo. Por razões profissionais a Anabela não jantou em casa no sábado, daí a mudança.

Este jantar de sábado, ao domingo, teve um belo arroz de marisco acompanhado com um moscatel branco de Setúbal.

Hoje não vou descrever a receita, até porque já estou a escrever isto bastante tarde, e como o objectivo do blog é manter o registo, esse fica cumprido.



sábado, 14 de março de 2015

Cozido à Portuguesa (repetido)

14 de Março

Foi sábado de cozido. É um prato sempre muito apreciado cá em casa e desta vez, também ficou delicioso, a receita mais uma vez foi igual a esta. Porque em equipa que ganha não se mexe.

Não me canso de dizer que a qualidade da carne é um assunto demasiado importante para deixar passar ao lado.
Nos tempos que correm, é fácil ser aliciado pelas formas agressivas de venda nas grandes superfícies. Por vezes o nosso raciocínio fica toldado pelas letras grandes e preços baixos, na carne (e noutros produtos) não cedam ao que está escrito e pensem: Um quilo de febras num hipermercado, pode custar menos dois euros do que no talho, mas quando as vão fazer na frigideira, vão reparar que em vez de "carne barata", compraram "água cara" e nem as vão conseguir fritar como deve ser, com a água que deitam. Quanto ao sabor, façam o teste...

Escusado será dizer que as carnes para os nossos cozidos (e para o resto) são sempre compradas no talho!

sábado, 7 de março de 2015

Bacalhau Espiritual

7 de Março

Neste sábado tivemos convidados para o jantar e resolvemos fazer bacalhau espiritual.
A decisão foi fácil, primeiro porque é um prato bastante apreciado, dá para fazer uma quantidade suficiente para todos e finalmente porque tínhamos bastante bacalhau em stock.

Fizemos dois tabuleiros, um grande e outro mais pequeno, sendo que o grande levou uma generosa cobertura de queijo, enquanto o outro não, para os convidados que sabíamos que não gostam de queijo na comida.

Quanto à receita, para já não a vou escrever. Fica para uma próxima vez.