sábado, 27 de junho de 2015

Bife Pimenta

27 de Junho

Em Quarteira, vieram para jantar o primo Manuel José e a Ana Cláudia.
Fizémos uns brutais bifes pimenta. Embora a carne não fosse da melhor, estavam realmente bons.
Acompanhámos com puré de batata e para as entradas: cogumelos, cenoura à algarvia e queijos.

Para fazer o bife pimenta:
Deita-se um fiozinho de azeite na frigideira e sela-se individualmente cada bife, cerca de um minuto cada lado. Só nesta altura é que leva o sal e a pimenta (no caso como iam ser bifes pimenta, carreguei um bocado), depois fica mais um bocadinho de cada lado e reservam-se.

O que fica na frigideira, é a base para o molho, aumenta-se com margarina ou manteiga (para seis bifes, usei cerca de quatro colheres de sopa - queremos um molho abundante!) e deitam-se dois dentes de alho laminados. O alho não gosta de muito calor, portanto assim que toda a manteiga fica derretida (convém ir mexendo sempre) passamos à fase seguinte - pimenta.
Previamente moí grosseiramente grãos de pimenta branca e preta. Como não tinha um almofariz, improvisei: meti a pimenta numa tigela e com um copo de vidro esmaguei os grãos, deixando alguns inteiros.
Esta pimenta foi dar sabor à manteiga durante dois minutos e a seguir entrou o Vinho do Porto. Um generoso cálice foi arrefecer a manteiga e queimar a pimenta, já que o Zé teve mais uma oportunidade de flamejar, para delícia dos convidados que invariavelmente soltam um "ohhh!" enquanto as chamas se elevam da frigideira.

Assim que as chamas se foram, juntei os sucos que a carne perdeu enquanto descansava e voltei com os bifes para a frigideira, tendo o cuidado de os cozinhar no ponto certo para cada pessoa.


sábado, 13 de junho de 2015

Jantar de Petiscos

13 de Junho

Desta vez foram petiscos. Segue a lista:

Uma espécie de "bruschetta"
Moelas de perú picantes
Languini preto picante
Paté de chouriço
Ananás assado
Salada de pimento surpresa
Salada de cenoura e rabanetes
Azeitonas temperadas
Pão e broa regionais

Segundo julgo saber, para a bruschetta o pão deve ser de um dia para o outro, como não tinha usei broa de milho. Levei-a, cortada em fatias grandes, ao forno para que secasse um bocado, mas sem torrar.
Numa frigideira deitei um bom bocado de azeite e dois dentes de alho picados, assim que o alho começou a querer ferver, usei uma colher de sopa para retirar algum azeite e em seguida espalhei-o por cima das fatias de broa. Deixei o alho cozinhar mais um bocado e fritei umas generosas fatias de presunto limpo. Quando o presunto ficou bem frito, retirei-o e coloquei os escalopes de vaca, também eles bem limpos e livres de gordura. Temperei apenas com pimenta; enquanto os bifes se faziam (demora um minuto!) cortei uma fatia de queijo da ilha para cada pão, fatia que meti em cima de cada bife, ainda na frigideira, para aproveitar bem o calor e depois retirei para fazer o molho.
Duas generosas colheres de sopa de mostarda Dijon, e meio copo de vinho branco, mexer e deixar levantar fervura para que o álcool desapareça - uma delícia.
Montei as bruschettas, sendo que a primeira camada foi a carne e depois o presunto, reguei tudo com o molho e está pronto.
Uma espécie de bruschetta


As moelas, pela sua natureza demoram muito tempo ao lume, portanto foram cozer cedo para dentro do tacho, depois de terem passado umas horas em vinha de alhos com uma colher de chá de pimenta de caiena. Antes de as colocar a cozer em água com sal, escorri bem a marinada. Eu decidi cozer primeiro e guisar depois para que ficassem bem tenrinhas e resultou. A água do tacho gastou-se duas vezes, o que me leva a crer que para a próxima uso a panela de pressão. Com as moelas quase boas e com o tacho quase sem água, deitei o azeite e a cebola comecei a fazer o refogado, sem tirar a carne de dentro do tacho, mexendo sempre. Depois entrou o alho picado, uns cubinhos de pimento e uma pitada de tomilho fresco.
Quando voltou a precisar de água, deitei a marinada. Mais um petisco pronto.
O tacho das moelas



Liguini preto picante. No supermercado, vende-se já com picante, mas eu prefiro fazer o meu próprio!
Assim, num tacho com água já a ferver e uma pitada de sal, deitei a massa e mexendo com frequência em oitos, a meio de ficar pronta, levou uma colher de café de massa de piri-piri. assim que ficou pronta, apaguei o lume e escorri. Voltei a colocá-la no tacho e meti uma noz de manteiga. Mexendo muito bem incorporei-a na massa e já está.
Linguini preto picante

Nunca tinha feito patê de chouriço e ficou realmente delicioso. Meio chouriço de carne (quanto melhor for o chouriço, melhor fica o patê), meia cebola picada, umas folhas de salsa; tudo para dentro da picadora. Picar até ficar uma massa homogénea.
Numa tigela, deitar duas colheres de manteiga, à temperatura ambiente e bater com energia, quando ficar tipo creme, ir deitando a massa picada do chouriço aos poucos, juntamente com duas colheres de mostarda dijon, mexendo bem. E é só!
Patê de chouriço
Ananás assado. cortar em rodelas e depois em triângulos, meter num tabuleiro e levar ao forno.
É só ganhar uma corzinha de cada lado.

Ananás assado

Salada de pimento "Surpresa" - esta eu não provei.
Corta-se pimento vermelho limpo, em juliana e depois ao meio, vai para um tabuleiro. Fazem-se bocados mais ou menos do mesmo tamanho de pimentos padron, também limpos e juntam-se ao vermelho. tempera-se com azeite, um dente de alho bem picado e uma pitada de sal e mistura-se tudo bem. Espalha-se no tabuleiro e forno com ele. Tem que se vigiar porque muito rapidamente passa de pimento assado a pimento queimado, principalmente os padron, que são frágeis. Agora, para quem não conhece os padron, a salada chama-se "Surpresa" porque: os pimentos padron, uns picam outros non.

A salada "Surpresa" ao lado da de cenoura com rabanetes


Salada de cenoura com rabanetes. Cortei com o "slicer" a cenoura e mais ou menos a mesma quantidade de rabanetes. Temperei de azeite, sal, pimenta, alho picado, salsa picada e tomilho. Mexi bem, e está a andar.
A salada de cenoura com rabanetes


Azeitonas. Comprei já temperadas, no mercado. Maravilhosas.
São esmagadas, pelo que o tempero entra mesmo e os caroços são fáceis de descartar.


E mais um que passou. Venha o próximo!

sábado, 6 de junho de 2015

Entrecosto na Brasa com migas

6 Junho

A Anabela apetecia-lhe migas. Quase em coro, todos nós dissemos: Boa!
E eu não satisfeito apenas com as migas, acrescentei: "Com entrecosto na brasa!"
As "nossas" migas não são como as alentejanas (que para nós é açorda amassada), as nossas são digamos - diferentes. Vou já explicar.

A carne, como sempre, vem do nosso fiel talho, pelo que apenas é preciso dizer: "Quero entrecosto para assar na brasa", e aparece o melhor entrecosto do mundo à nossa frente.
Aqui há pouco a dizer, faz-se um molho com azeite, vinho branco, piri-piri, saç, pimenta e massa de pimentão, deixa-se a carne namorar um bocado com esta espécie de vinha de alho e leva-se à brasa.

Agora as "nossas" migas. Uma broa de milho totalmente desfeita em migalhas, se for já com um dia de vida, melhor. No nosso caso foi uma broa fresca, portanto levei-a já "migada" ao forno para que secasse um pouco e desfiz ainda mais um bocado.
Entretanto num tacho deita-se um fio de azeite e dois dentes de alho picados, assim que começar a ferver, juntamos-lhe as migalhas de broa e duas mãos cheias de caldo verde - melhor dizendo couve picada em caldo verde. Tempera-se de sal e mexe-se muito bem para que a couve se espalhe pela broa.

E é isto! Simples e delicioso.
Cortei dois queijos de ovelha em fatias finas, meti umas azeitonas que comprei no mercado, já temperadas, numa tigela e está feito.

Mais um jantar de sábado memorável.