sábado, 26 de dezembro de 2015

sábado, 28 de novembro de 2015

sábado, 26 de setembro de 2015

sábado, 5 de setembro de 2015

Não houve

5 de Setembro
Não houve jantar de sábado. Foi a festa de aniversário do Tio Joaquim.
No entanto, no domingo fiz um belo Arroz de Pato e  esta semana foi "jantar de domingo".

sábado, 29 de agosto de 2015

Feijoada à Transmontana

29 de Agosto
Foi dia de feijoada à Transmontana, mas com um toque Ribatejano, porque o Ló e a família chegaram de Angola e uma comidinha portuguesa ficava mesmo a matar.

Como sabem, faço sempre uma média pelas receitas da net e depois ainda dou um toque pessoal à coisa, independentemente do prato de sábado e desta vez, não foi diferente.
Uma coisa que aprendi é que há feijoadas à Transmontana que levam carne de vaca - não sabia.
Outro que agora me parece óbvio, é que as carnes são cozinhadas separadamente.
Numa panela da pressão deitei uma malagueta inteira com um corte no comprimento, duas cebolas aos quartos, sal, três dentes de alho com camisa (só esmagados e com a pele) e a carne de vaca em cubos de cerca de três centímetros. Deixei ferver meia-hora.
Arrefeci a panela para parar o vapor e juntei a carne de porco, também cortada aos bocados. Um chispe, uma orelha, entremeada e entrecosto. Voltei com a panela ao lume e deixei ferver mais meia-hora.
Entretanto cozi o chouriço e o negro, e quando ficaram prontos, cortei em rodelas largas e reservei. Na mesma água cozi a farinheira sozinha, picada toda à volta, com um palito para não rebentar.

Quando passou o tempo da panela de pressão, retirei toda a carne e meti na água a couve cortada em quartos e com uma boa parte do talo retirado. Cinco minutos é quanto basta, até porque ainda vai outra vez ao tacho.

Neste tal tacho fiz um refogado com cebola, alho, um pouco de pimentos picados e deitei a carne de vaca, para que fritasse um bocado. Quando me pareceu que estava boa, deitei duas conchas do caldo de cozer a carne e juntei também a de porco. Envolvi bem deixei levantar fervura e provei.
Corrigi o tempero, deitando um pouco da água de cozer os enchidos. Quando me pareceu bem, deitei o feijão (foram duas latas grandes) e a couve, envolvi com cuidado porque não queria puré de feijão, deitei mais caldo e os enchidos cortados e assim que levantou fervura, apaguei o lume.

A feijoada pronta

A feijoada à Transmontana/Ribatejana ficou deliciosa acompanhada por um belo pão de anteporta e um vinho tinto ribatejano.





sábado, 22 de agosto de 2015

Caldeirada à Pescador

22 Agosto
Caldeirada à Pescador

Quem me conhece sabe que eu sou mais do lado da carne, portanto este jantar de sábado, não foi para mim. Literalmente. Eu comi frango assado. A Anabela adora caldeirada e o João e o Zé também se deliciam, portanto fiz uma caldeirada à pescador de Caminha, inspirado numa receita vi fazer na televisão.

Por esta altura, há cá em casa tomates, pimentos e alhos da horta, portanto é usá-los enquanto duram, porque os sabores que dão aos pratos são totalmente diferentes dos de compra.

Então, cortei dois belos pimentos,  em três partes cada um, cortei aproximadamente um quilo de tomate em bocados e fiz o mesmo a uma cebola. Laminei uns três ou quatro dentes de alho e cortei mais meia cebola em rodelas. Descasquei as batatas que depois cortei em rodelas de menos de um centímetro de altura. Usei ainda duas malaguetas grandes, apenas golpeadas ao meio, um ramo de hortelã e uns raminhos de salsa. Todos estes ingredientes, ficaram num prato grande à espera de entrarem no tacho.

Quanto ao peixe, comprámos uma posta de raia, e duas de safio e ainda uma cabeça do mesmo.
Pedi para cortar a raia em bocados mais ou menos iguais, as postas ficaram inteiras e a cabeça foi aberta ao meio.

No tacho deitei as batatas e misturei a cebola em rodelas. A camada seguinte foi cerca de metade do tomate, dos pimentos, da malagueta, do alho e da cebola em bocados. Temperei com uma pitada de sal e outra de pimenta. O peixe entrou a seguir, o mais bem distribuído possível, e finalmente os restantes vegetais, também dispostos o mais equilibradamente possível. mais uma pitada de sal e de pimenta e desta vez uma colher de chá de pimenta-de-caiena e uma de sopa de colorau.A seguir as ervas aromáticas e ao contrário do que é a regra, os líquidos neste prato entram no fim, e os líquidos foram: Três ou quatro colheres de sopa de azeite, meio copo de vinho branco (eu usei Porta da Ravessa), e meio copo de água.

Neste passo final, é importante que os temperos e os líquidos fiquem o mais bem distribuídos possível, por cima da caldeirada, porque não lhe vamos mexer mais. Tapa-se o tacho e mete-se o lume no mínimo. Quando começar a borbulhar, deixar assim por mais ou menos vinte cinco minutos.
Como tem que cozer lentamente, é preciso manter o tacho tapado.

Quando acabar, isto é quando os legumes que ficam em cima estiverem cozidos, deita-se uma boa camada de salsa picada e serve-se imediatamente.

Caldeirada à pescador

E é vê-los a chorar por mais....



sábado, 15 de agosto de 2015

Cozido à Portuguesa

15 de Agosto
Foi dia de cozido.
Como habitualmente, fomos ao talho buscar um bocadinho de cada coisa: Carne de vaca para cozer, ossos de porco, chispe, chouriço, chouriço de sangue, farinheira. Passei pela banca dos vegetais e comprei duas cabeças de nabo, uma vez que foi a Anabela que pediu o cozido teve direito ao prémio das cabeças de nabo, uma vez que, por cá, é a única a gostar. O resto das coisas havia em casa.

Quando cheguei, meti todas as carnes num alguidar e deitei sal por cima e assim ficaram até às sete da tarde, altura em que a panela de pressão foi para a lume. Duas folhas de louro, uma malagueta, um raminho de hortelã, juntaram-se à água e depois as carnes. Deixei ferver por meia-hora. Passado este tempo, meti a panela de pressão debaixo da torneira para parar o vapor e voltou para o lume, aberta. Introduzi aqui o chouriço e verifiquei a cozedura da carne de porco, assim que ficou pronta, retirei e fiz o mesmo com toda a carne, sempre com a água a ferver, fui retirando conforme ia ficando pronta. No fim, não surpreendentemente, ficou a carne de vaca, enquanto esta terminava, cozi os outros dois enchidos que retirei assim que ficaram prontos. A farinheira demora muito pouco a ficar pronta e se cozer demais, já se sabe - desfaz-se. Quando finalmente a carne de vaca ficou bem cozida, retirei-a também (os enchidos também já estavam todos) e provei o caldo, deitei mais um litro de água ferver e corrigi o sal.
E que entrem os legumes! Cenouras cortadas em quatro no sentido do comprimento, uma couve coração e meia couve portuguesa também cortadas em quartos e com a parte do talo retirada. Cinco minutos a ferver, e entraram as batatas e as cabeças de nabo, cortadas em metades.

Enquanto os vegetais coziam, já as diferentes carnes tinham arrefecido o suficiente para as poder cortar em bocados pequenos. Separei os enchidos que também cortei em pedaços e comecei a fazer o arroz. Foram duas canecas de caldo que retirei com uma concha da água que cozia os legumes, desfiz um dos pedaços de farinheira e outro de chouriço de sangue, retirando a pele e assim que levantou fervura deitei-lhe uma caneca de arroz, mexendo bem.

Numa tigela, deitei uma concha de caldo que misturei com uma lata pequena de feijão branco, bem escorrida que ficou a tomar gosto.

Como num número de circo perfeito, o final da confeção do cozido, foi  apoteótico.
Os  legumes a ferver, quase prontos. O arroz a ferver quase pronto, a carne já cortada numa travessa e os enchidos também já cortados num prato, o resto do pessoal a ajudar a pôr a mesa...
Retirei os legumes do lume que dispuz, bem arrumados, numa travessa. Noutra, mais pequena, meti o arroz e o feijão branco. Voltei a escorrer o feijão e retirei o arroz para esta travessa, que também foi para a mesa.




Agora, que a panela só tinha caldo, a carne já cortada voltou para lá. Reaqueceu um pouco e mais importante ainda, ficou bem molhada de caldo, retirei passado um minuto e fiz o mesmo aos enchidos. Apaguei o lume e fui para a mesa juntar-me aos esfomeados que esperavam de água na boca.



Um prato de cozido




sábado, 8 de agosto de 2015

Chilli con carne - à Portuguesa

8 de Agosto

Depois de ter visto neste vídeo, uma receita mexicana de "Huevos Rancheros", resolvi inventar, pegando na forma mexicana de fazer o chilli e dei-lhe a volta. Isto é o relato dessa experiência.

Para começar, e foi o que me surpreendeu, no chilli, primeiro cozem-se os vegetais. Eu usei um pimento vermelho*, um verde*, meia-dúzia de pimentos padron e três malaguetas* reconhecidamente picantes e oito bons tomates inteiros*, três dentes de alho* e meia cebola inteira - não leva sal!.

Tudo pronto para ir para o tacho

Foi tudo cozer, sendo que os tomates entraram apenas quando os outros ingredientes já ferviam há cinco minutos. Quando ficaram cozidos, retirei-os da água e no almofariz esmaguei um dente de alho cru, juntamente com os restantes alhos cozidos, as malaguetas e todo o sal que este prato levou, este processo só terminou quando obtive uma pasta bem fina (tarefa bem difícil, porque o meu almofariz é de madeira). Reservei três dos tomates e um pouco do pimento verde e o resto dos vegetais foram bem escorridos e passados (eu usei a varinha mágica), misturei a pasta dos alhos e das malaguetas e deitei os três tomates e o pimento reservados e picando mais um pouco, mas para os deixar a criar alguma textura. O chilli ficou pronto.

Comprei à volta de um quilo de carne de vaca para guisar, aos cubos de cerca de três centímetros, e já em casa, cortei em cubos ainda mais pequenos, mais ou menos um centímetro. Temperei com o sumo de duas laranjas, meio copo de vinho tinto, sal, pimenta e três dentes de alho bem picados (por esta ordem - primeiro os líquidos), mexi muito bem e deixei toda a tarde no frigorífico tapada com filme de cozinha. Depois do chilli pronto, deitei um pouco de margarina na frigideira, e fritei a carne o mais escorrida que me foi possível.
A meio do processo, deitei a marinada diluída num pouco de água, e deixei que a carne chegasse ao ponto "comer-e-chorar-por-mais".

Outra das coisas que aprendi no vídeo que referi lá atrás, foi que as tortilhas de milho se fritam em óleo vegetal. Não sabia, e garanto que ficaram mesmo boas. Demora cerca de um minuto de cada lado, em óleo bem quente.

Nesta altura, deveria ter fritado o chilli em óleo aromatizado com alho, mas não o fiz, cometi um crime "lesa-chilli" e levei-o ao lume conforme estava e deixei levantar fervura, depois levou com uma lata de quinhentos gramas de feijão branco e assim que levantou fervura de novo, apaguei o lume.

Foi só montar as tortilhas. Uma tortilha, três generosas colhes de sopa de carne e muito chilli com feijão por cima. Uma maravilha. Um chilli à portuguesa, absolutamente delicioso.

Chilli (??) aportuguesado. Lindo.

*todos estes produtos são da horta, ou como é moderno dizer - biológicos.

sábado, 1 de agosto de 2015

Almôndegas Roquefort

1 de Agosto
Almôndegas Roquefort

Basta dar uma volta pelo "Jantar de Sábado", para ver que os bifes roquefort são, de longe, o prato mais repetido. A necessidade de variar e a curiosidade que dá força à experimentação, levaram-me às Almôndegas Roquefort.

Trata-se de almôndegas com "alma" de queijo roquefort.
Como sempre, adquire-se um quilo (para quatro pessoas) de carne de vaca e de porco em proporções iguais, da melhor qualidade, e pica-se em casa, ou como eu fiz neste caso, pedi para picar no talho e rapidamente me arrependi.

Mistura-se com a carne meia cebola, muito bem picada, uma colher de sopa de mostarda dijon, o sumo de um limão, sal e pimenta. Certificamo-nos que fica bem misturado e deixamos numa tigela, no frio, tapada com filme de plástico, por umas horas - eu deixei umas sete horas.

Quando chegar à altura de confecionar, fazer umas bolas bem apertadas com mais ou menos três centímetros de diâmetro, e passar cada uma delas por pão ralado e por queijo ralado. Quando as bolas já aguentam a forma,  fazemos um buraco com o dedo e metemos lá dentro um cubo de um centímetro de roquefort. Depois voltamos apertar mais um bocado, o pão ralado "cola" a carne e ficamos com umas bolas bem firmes. 

Em quatro das almôndegas (uma para cada um), voltei a colocar mais uma camada de carne (desta vez sem queijo) e ficaram gigantes, mas deliciosas. No prato, o efeito quando se cortam, é realmente surpreendente, porque deixam um "casaco" no prato tornando a cena muito mais interessante do que se fossem umas triviais bolas de carne. Convém notar que apenas fiz a quatro almôndegas, as outras ficaram normais e só passaram a primeira operação.

Depois das bolas prontas, passei para o tacho. Refoguei uma generosa cebola em azeite com duas colheres de sopa de mostarda dijon, duas malaguetas (para quem não gosta de picante é opcional) e três dentes de alho em lâminas (o alho só entra quando o refogado está quase pronto, para que não queime).

Quando o refogado começou a "gritar" por misericórdia, deitei um copo de vinho tinto e uma colher de sopa de colorau, assim que o vinho evaporou, distribuí cuidadosamente as almôndegas pelo fundo do tacho. Deixei que ganhassem cor e fui rodando para que cozinhassem por igual, quando ficaram bem seladas de todos os lados, deitei o sumo de duas laranjas e juntei água até cobrir a carne por completo. Baixei o lume e ficaram a fervilhar até gastar uma boa parte da água. Sabemos que estão prontas, quando o molho espessar até ao ponto que gostamos.

Enquanto a carne cozinhava, preparei o puré de batata.

No final, ao cortarmos as almôndegas, reparamos que o queijo quase desapareceu, deixando apenas o buraco e o seu maravilhoso sabor.


sábado, 25 de julho de 2015

Arroz à Valenciana

25 de Julho
Foi uma estreia absoluta - Arroz à Valenciana.

Esta uma daquelas receitas que parece ter sido inventada, usando tudo o que havia lá em casa.
A lista de ingredientes é gigante, mas o resultado é fantástico.

600g de Arroz
400g de ervilhas
meio frango cortado aos bocadinhos
300g de carne de porco aos cubinhos
300g de carne de vaca também aos cubinhos
300g de lulas (a receita pedia argolas, mas eu comprei duas lulas pequenas e cortei-as, usando tudo)
900g de camarão (pelo menos um terço é para descascar)
900g de berbigão (foi impossível de arranjar, portanto usei ameijoa vietnamita), bem demolhado em água fria.
8 salsichas normais
cebola, azeite, alho, louro, pimento, vinho branco, açafrão, um limão grande, piri-piri, colorau, água, salsa picada, sal e pimenta.


O primeiro passo é tratar das carnes. O frango, o porco e a vaca, vão para uma tigela, onde se mistura o sumo do limão, sal e colorau. Mexe-se bem e deixam-se a descansar assim, por uma horas.

Quando chegar à altura, começar pelo refogado. É o costume, o azeite vai para o tacho (escolhe-se o maior que houver em casa), junta-se a cebola picada, os alhos o pimento e o louro, mexe-se e deixa-se refogar, sem queimar.
Quando estiver pronto, entram as carnes e fritam-se até alourar. A seguir vão as lulas, as ervilhas, o açafrão (4 colheres de chá), 250 ml do vinho, piri-piri e mais uma pitada de sal. Deitar um copo de água e mexer bem, deixando ferver por 5 minutos.

Agora vai o arroz. Medem-se duas canecas e meia de arroz e seis de água, deixa-se ferver metade do tempo necessário para cozer o arroz (eu usei carolino que leva à volta de dez minutos, portanto deixei ferver por cinco minutos)
Agora prova-se e ajusta-se de acordo, juntam-se as salsichas, o camarão e a salsa e deixa-se ferver o até faltar um minuto para cozer o arroz, nesta altura entra o berbigão (no meu caso as ameijoas). Ele vai abrir num instante e serve-se logo a seguir.

É um rol de ingredientes bem longo, mas também é uma receita muito fácil de fazer.
E fica delicioso!



sábado, 18 de julho de 2015

Não houve

18 de Julho

Não houve. Acabados de chegar de Monsaraz, arranjámos o que havia e fomos descansar.

O nascer do Sol sobre Alqueva

Mesmo em pratos de plástico, o almoço ficou bonito.

sábado, 11 de julho de 2015

Arroz de Cabidela de Galinha

11 Julho

Nunca se tinha feito galinha de cabidela cá em casa. Eu devo ter comido uma ou duas vezes em miúdo e o João e o Zé nunca tinham provado. A Anabela, devido à natureza da receita, ficou apreensiva, mas disse, "Como és tu a fazer, eu como". E assim foi.

No nosso talho habitual pedi um belo frango do campo (que pesava três quilos!!!) acompanhado pelo respectivo sangue. Os talhos têm o sangue em sacos de 200ml (??), perfeitamente higienizados e eu trouxe quatro. Ao contrário do habitual, desta vez pedi para arranjar a galinha aos bocados, retirando os peitos.

No supermercado, comprei um quilo de arroz carolino do melhor, duas garrafas de vinho verde tinto e uma de vinagre de vinho tinto. O resto havia cá em casa.

Ingredientes:
1 galinha do campo partida em bocados não muito pequenos.
800ml de sangue de galinha
1 litro de vinho verde tinto
3 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
500g de arroz (para 2 quilos de carne)
duas cebolas grandes
três dentes de alho
duas fatias de bacon
piri-piri
sal
pimenta
louro


Quando chegou a hora, a magia na cozinha começou.
Piquei as cebolas que foram para o tacho (o maior que temos em casa), juntamente com uma boa dose de azeite.
Enquanto a cebola se ia transformando, piquei os alhos que juntei ao tacho após a cebola atingir o ponto e baixei o lume (não queremos alhos queimados...). Duas colheres de café de massa de piri-piri, duas folhas de louro fresco, uma pitada de sal e outra de pimenta, tudo bem mexido e subi o lume de novo. Quando o refogado começou a "estalar", deitei um copo do vinho, devagar e mexendo bem, assim que levantou fervura outra vez, juntei a galinha. Estive sempre ao pé do tacho, mexendo de vez em quando, porque queria que a carne ficasse frita por igual e após alguns minutos deitei mais uma pitada sal e pimenta.

Antes de adicionar a água


Quando ficou com a cor que eu queria, deitei água a ferver, até cobrir a carne juntamente com mais um copo de vinho. Tapei o tacho e fui descansar por 45 minutos, visitando o tacho uma ou duas vezes neste período.



Quando vi que a carne estava quase completamente cozida, iniciei a terceira parte da receita - o arroz.

Retirei toda a galinha do tacho e reservei numa tigela grande. Medi o líquido que ficou no tacho, acrescentando água a ferver suficiente para que a relação seja de três de água para um de arroz. Mexi bem e verifiquei na embalagem que este arroz (carolino Bom Sucesso) leva 11 minutos a cozer (contados após levantar fervura), meti o temporizador nos seis minutos e fui preparar o sangue.

Cada saco de sangue é despejado individualmente para dentro de uma caneca, para que se houver um problema com um saco não estragar o resto, e depois vai para dentro de uma tigela que previamente levou três colhes de sopa de vinagre e mexe-se bem a mistura (eu tive a ajuda do Zé que foi sempre mexendo enquanto eu deitava o conteúdo da caneca), ainda juntei mais um copo de vinho ao sangue -  nesta operação a Anabela ficou o mais longe possível da cozinha, mas devo dizer que não sujámos nada e nem uma gotinha de sangue se perdeu.
Posto isto, o temporizador avisou os seis minutos (ainda faltam cinco, certo?), provei mesmo assim mal cozido, corrigi o sal e passei à quarta e penúltima fase da cabidela.

Com o arroz a ferver voltei a colocar a carne no tacho, envolvendo devagar, e deitei a mistura com o sangue, envolvendo bem. Cinco minutos a ferver e a cabidela ficou pronta!



Imediatamente a seguir veio a última parte. Comer...


... e beber (duas garrafas lembram-se)


sábado, 4 de julho de 2015

Bife Roquefort na Pedra

4 de Julho

O Bife Roquefort, é tipicamente o plano B quando estamos com falta de ideias, mas neste sábado não foi o caso. Resolvi fazer um Bife Roquefort diferente, que chamei de Bife Roquefort na Pedra, em vez desta receita.


Para a manteiga usei a mesma formula, mas não fiz o rolinho, e deixei-a a solidificar numa tigela.
Para a carne não fiz nada, apenas cortei o pedaço inteiro em doses individuais (para a Anabela o bife foi um bocadinho à chapa antes de servir), escusado será dizer que quanto melhor for a carne melhor fica e esta era, de facto, extraordinária.

Cozinhar mesmo foi só o puré de batata e arranjar uns belos tomates da horta para acompanhar.

Com a pedra bem quente (cerca de 10/15 minutos a aquecer no lume a gás) acendemos as lamparinas e fomos para a mesa.
O prato! (neste caso o do Zé - nota-se pela água das Pedras)


Manteiga de Roquefort e as lamparinas da pedra já acesas
Cada um cozinhou a carne como desejou, depois foi só passar pela manteiga e está feito.
Acabámos por colocar bocados de manteiga em cada prato, porque não é prático andar atrás da tigela.

sábado, 27 de junho de 2015

Bife Pimenta

27 de Junho

Em Quarteira, vieram para jantar o primo Manuel José e a Ana Cláudia.
Fizémos uns brutais bifes pimenta. Embora a carne não fosse da melhor, estavam realmente bons.
Acompanhámos com puré de batata e para as entradas: cogumelos, cenoura à algarvia e queijos.

Para fazer o bife pimenta:
Deita-se um fiozinho de azeite na frigideira e sela-se individualmente cada bife, cerca de um minuto cada lado. Só nesta altura é que leva o sal e a pimenta (no caso como iam ser bifes pimenta, carreguei um bocado), depois fica mais um bocadinho de cada lado e reservam-se.

O que fica na frigideira, é a base para o molho, aumenta-se com margarina ou manteiga (para seis bifes, usei cerca de quatro colheres de sopa - queremos um molho abundante!) e deitam-se dois dentes de alho laminados. O alho não gosta de muito calor, portanto assim que toda a manteiga fica derretida (convém ir mexendo sempre) passamos à fase seguinte - pimenta.
Previamente moí grosseiramente grãos de pimenta branca e preta. Como não tinha um almofariz, improvisei: meti a pimenta numa tigela e com um copo de vidro esmaguei os grãos, deixando alguns inteiros.
Esta pimenta foi dar sabor à manteiga durante dois minutos e a seguir entrou o Vinho do Porto. Um generoso cálice foi arrefecer a manteiga e queimar a pimenta, já que o Zé teve mais uma oportunidade de flamejar, para delícia dos convidados que invariavelmente soltam um "ohhh!" enquanto as chamas se elevam da frigideira.

Assim que as chamas se foram, juntei os sucos que a carne perdeu enquanto descansava e voltei com os bifes para a frigideira, tendo o cuidado de os cozinhar no ponto certo para cada pessoa.


sábado, 13 de junho de 2015

Jantar de Petiscos

13 de Junho

Desta vez foram petiscos. Segue a lista:

Uma espécie de "bruschetta"
Moelas de perú picantes
Languini preto picante
Paté de chouriço
Ananás assado
Salada de pimento surpresa
Salada de cenoura e rabanetes
Azeitonas temperadas
Pão e broa regionais

Segundo julgo saber, para a bruschetta o pão deve ser de um dia para o outro, como não tinha usei broa de milho. Levei-a, cortada em fatias grandes, ao forno para que secasse um bocado, mas sem torrar.
Numa frigideira deitei um bom bocado de azeite e dois dentes de alho picados, assim que o alho começou a querer ferver, usei uma colher de sopa para retirar algum azeite e em seguida espalhei-o por cima das fatias de broa. Deixei o alho cozinhar mais um bocado e fritei umas generosas fatias de presunto limpo. Quando o presunto ficou bem frito, retirei-o e coloquei os escalopes de vaca, também eles bem limpos e livres de gordura. Temperei apenas com pimenta; enquanto os bifes se faziam (demora um minuto!) cortei uma fatia de queijo da ilha para cada pão, fatia que meti em cima de cada bife, ainda na frigideira, para aproveitar bem o calor e depois retirei para fazer o molho.
Duas generosas colheres de sopa de mostarda Dijon, e meio copo de vinho branco, mexer e deixar levantar fervura para que o álcool desapareça - uma delícia.
Montei as bruschettas, sendo que a primeira camada foi a carne e depois o presunto, reguei tudo com o molho e está pronto.
Uma espécie de bruschetta


As moelas, pela sua natureza demoram muito tempo ao lume, portanto foram cozer cedo para dentro do tacho, depois de terem passado umas horas em vinha de alhos com uma colher de chá de pimenta de caiena. Antes de as colocar a cozer em água com sal, escorri bem a marinada. Eu decidi cozer primeiro e guisar depois para que ficassem bem tenrinhas e resultou. A água do tacho gastou-se duas vezes, o que me leva a crer que para a próxima uso a panela de pressão. Com as moelas quase boas e com o tacho quase sem água, deitei o azeite e a cebola comecei a fazer o refogado, sem tirar a carne de dentro do tacho, mexendo sempre. Depois entrou o alho picado, uns cubinhos de pimento e uma pitada de tomilho fresco.
Quando voltou a precisar de água, deitei a marinada. Mais um petisco pronto.
O tacho das moelas



Liguini preto picante. No supermercado, vende-se já com picante, mas eu prefiro fazer o meu próprio!
Assim, num tacho com água já a ferver e uma pitada de sal, deitei a massa e mexendo com frequência em oitos, a meio de ficar pronta, levou uma colher de café de massa de piri-piri. assim que ficou pronta, apaguei o lume e escorri. Voltei a colocá-la no tacho e meti uma noz de manteiga. Mexendo muito bem incorporei-a na massa e já está.
Linguini preto picante

Nunca tinha feito patê de chouriço e ficou realmente delicioso. Meio chouriço de carne (quanto melhor for o chouriço, melhor fica o patê), meia cebola picada, umas folhas de salsa; tudo para dentro da picadora. Picar até ficar uma massa homogénea.
Numa tigela, deitar duas colheres de manteiga, à temperatura ambiente e bater com energia, quando ficar tipo creme, ir deitando a massa picada do chouriço aos poucos, juntamente com duas colheres de mostarda dijon, mexendo bem. E é só!
Patê de chouriço
Ananás assado. cortar em rodelas e depois em triângulos, meter num tabuleiro e levar ao forno.
É só ganhar uma corzinha de cada lado.

Ananás assado

Salada de pimento "Surpresa" - esta eu não provei.
Corta-se pimento vermelho limpo, em juliana e depois ao meio, vai para um tabuleiro. Fazem-se bocados mais ou menos do mesmo tamanho de pimentos padron, também limpos e juntam-se ao vermelho. tempera-se com azeite, um dente de alho bem picado e uma pitada de sal e mistura-se tudo bem. Espalha-se no tabuleiro e forno com ele. Tem que se vigiar porque muito rapidamente passa de pimento assado a pimento queimado, principalmente os padron, que são frágeis. Agora, para quem não conhece os padron, a salada chama-se "Surpresa" porque: os pimentos padron, uns picam outros non.

A salada "Surpresa" ao lado da de cenoura com rabanetes


Salada de cenoura com rabanetes. Cortei com o "slicer" a cenoura e mais ou menos a mesma quantidade de rabanetes. Temperei de azeite, sal, pimenta, alho picado, salsa picada e tomilho. Mexi bem, e está a andar.
A salada de cenoura com rabanetes


Azeitonas. Comprei já temperadas, no mercado. Maravilhosas.
São esmagadas, pelo que o tempero entra mesmo e os caroços são fáceis de descartar.


E mais um que passou. Venha o próximo!

sábado, 6 de junho de 2015

Entrecosto na Brasa com migas

6 Junho

A Anabela apetecia-lhe migas. Quase em coro, todos nós dissemos: Boa!
E eu não satisfeito apenas com as migas, acrescentei: "Com entrecosto na brasa!"
As "nossas" migas não são como as alentejanas (que para nós é açorda amassada), as nossas são digamos - diferentes. Vou já explicar.

A carne, como sempre, vem do nosso fiel talho, pelo que apenas é preciso dizer: "Quero entrecosto para assar na brasa", e aparece o melhor entrecosto do mundo à nossa frente.
Aqui há pouco a dizer, faz-se um molho com azeite, vinho branco, piri-piri, saç, pimenta e massa de pimentão, deixa-se a carne namorar um bocado com esta espécie de vinha de alho e leva-se à brasa.

Agora as "nossas" migas. Uma broa de milho totalmente desfeita em migalhas, se for já com um dia de vida, melhor. No nosso caso foi uma broa fresca, portanto levei-a já "migada" ao forno para que secasse um pouco e desfiz ainda mais um bocado.
Entretanto num tacho deita-se um fio de azeite e dois dentes de alho picados, assim que começar a ferver, juntamos-lhe as migalhas de broa e duas mãos cheias de caldo verde - melhor dizendo couve picada em caldo verde. Tempera-se de sal e mexe-se muito bem para que a couve se espalhe pela broa.

E é isto! Simples e delicioso.
Cortei dois queijos de ovelha em fatias finas, meti umas azeitonas que comprei no mercado, já temperadas, numa tigela e está feito.

Mais um jantar de sábado memorável.

sábado, 30 de maio de 2015

Perna de Borrego Assada no Forno

30 Maio
Com a Anabela na Dinamarca, os homens da casa que ao contrário dela, adoram borrego, fizeram um festim.

Uma bela perna de borrego, arranjada no talho com mestria, levou uns golpes para que a marinada "entrasse" bem lá dentro.

Vinho branco, louro, alho, massa de pimento, tomilho, sal e pimenta, estiveram umas horas a macerar a carne. até ao momento de ir ao forno.

Coloquei a perna num tabuleiro, reguei com um fino fio de azeite e aí vai ela para o forno previamente aquecido a 180º.

Mesmo antes de ir para o forno


Reservei a marinada, para ir deitando de vez em quando em cima da carne, para que não secasse muito, ao mesmo tempo a ia virando. E foi assim durante duas horas - o temporizador de cozinha é essencial para isto.

Entretanto lavei muito bem umas batatinhas pequenas que foram cozer por dez minutos, com a pele, com alguma abundância de sal.

A meia-hora do fim da carne estar pronta, virei-a pela última vez, deitei as batatas à volta, reguei com algum molho que entretanto de formou no tabuleiro e com o resto da marinada e assim que o temporizador deu por terminadas as hostilidades, fomos-nos deliciar com este manjar de Natal antecipado.

A única coisa que faltou foi mesmo a Anabela que estava três mil quilómetros de distância.