sábado, 27 de setembro de 2014

Bife tártaro

27 de Setembro

O Zé e a mãe foram ao aniversário de uma amiga, ficou o pai e o João para o jantar de sábado e que melhor do que um tártaro??

Comprei bife de vaca da melhor possível, no talho - para estes bifes fujam dos supermercados!
O tártaro não deve ser picado na máquina, porque a carne aquece e depois não presta, para picar os bifes devem ser usadas facas muito bem afiadas. Cortar a carne em fatias bem fininhas que depois serão cortadas no outro sentido. Quando estiver em quadrados pequenos, juntar num monte e picar com as duas facas alternadamente, uma em cada mão, devagar mas com energia para que os cortes não desfaçam a carne.

Numa tigela, temperar a  carne com mostarda dijon (para dois bifes usei duas colheres de sopa - cuidado porque esta mostarda é forte!), uma colher de sopa de alcaparras de conserva picadas, uma colher de sopa de cebola ou chalota muito bem picada, duas colheres de sopa de salsa picada muito fininha, sal e pimenta. Eu adicionei ainda um pouco de molho inglês e umas gotas de piri-piri.
Mexer tudo muito bem, para que a mistura fique uniforme, mas devagar.

Depois é só empratar usando uma forma redonda como se fosse um hamburger, eu desta vez não usei, mas o bife tártaro pede uma gema crua por cima.

Acompanhei com batata frita em palitos. Tive o cuidado de as escorrer e limpar com um pano para que não levassem água para o óleo.
Ficou assim:
Aspecto inocente, mas poderoso.

sábado, 20 de setembro de 2014

Carne na Pedra

20 Setembro

Este é mais um clássico cá de casa - e sempre uma festa.
A preparação é do mais simples que pode haver e o resultado é sempre fantástico.
Começamos pelas carnes. Pouco de cada qualidade mais ou menos 250/300g, dependendo do número de comensais; eu uso uma média de 200g de carne/peixe por pessoa e mais uma margem, não vá haver algum com demasiada fome. Usei lombo de porco, bife de vaca, bife de perú, salsichas frescas e enchidos (chouriço e negro). cortam-se as carnes em pedacinhos pequenos e colocam-se, cada uma no seu recipiente, não se tempera e pode-se distribuir pela mesa.

Desta vez experimentámos também com cogumelos frescos, o que resultou em pleno, já tínhamos feito com abacaxi que também é muito bom.

Precisava de legenda??


Agora os molhos, que são a cor desta refeição. São todos à base de maionese, fizemos seis taças com duas colheres bem cheias de maionese.

O molho de alho é o principal e o que nunca sobra para o dia seguinte, leva um dente de alho muito picado, uma boa quantidade se salsa também muito picada, tudo bem mexido com a maionese na taça e já está. (deste molho fazemos sempre duas taças)

O molho de alho, ao lado do lombo de porco


O de piri-piri, uma colher de sobremesa de massa de pimentão e uma quantidade de piri-piri aceitável para os paladares à mesa, (nós cá é sempre muito!) mexer muito bem para diluir todo o vermelho na maionese e pronto.

O molho cocktail, juntar ketchup à maionese, uma colher de sopa deve chegar, depois é só mexer bem...

O molho de pickles, o caminho é sempre o mesmo. picar muito bem os pickles e misturar. Eu escolhi os pickles mais variados possível, para que não vá nem só cenoura nem só couve-flor e para que fique uma mistura homogénea.

O último deste dia foi o de mostarda, eu usei mostarda dijon, mas pode ser qualquer uma.

Havendo a base de maionese, tudo é possível, usem bom senso e vão provando conforme misturam os molhos, normalmente não precisamos, mas alguns destes molhos levaram sal; é fácil, mistura-se bem o ingrediente na maionese, prova-se e depois decide-se de acordo. Por exemplo, no molho de piri-piri usei uma massa de piri-piri caseira e coloquei só uma colher de café, quando provei achei bom, mas tinha dois defeitos - não estava picante o suficiente e faltava-lhe cor, até porque não faz sentido um molho picante cor de maionese, certo? Então juntei numa colher de café de pimenta de caiena e outra de pimentão doce, ficou espectacular.

Uma visão geral


Para acompanhar fizemos batata esmagada e usámos muita conversa entre nós, como convém.
Depois, é ir colocando a carne e os cogumelos a assar na pedra e ir regateando os molhos.
Não vou explicar como se aquece a pedra, mas é preciso ter cuidado porque fica lume a arder na mesa!

Este aqui já sabia o desfecho antes de começar...
O pormenor da pedra em pleno trabalho



sábado, 13 de setembro de 2014

Chili con carne

13 de Setembro

Este sábado, fomos outra vez à procura de inspiração pelas comidas do mundo e parámos no México - "Chilli con carne", foi o escolhido.

Já tínhamos feito este prato algumas vezes, portanto foi uma escolha conservadora, mas pela certa.
Comprámos carne de vaca para guisar, pimentos, tomate e feijão vermelho, o resto havia cá em casa - piri-piri, malaguetas, etc.

Fizemos o habitual refogado com bastante cebola, quatro dentes de alhos e uma generosa colher de sopa de massa de pimentão, mal começou a fritar levou uma colher de café de massa de piri-piri, para abrir as hostilidades.
Entretanto cortei a carne em pedacinhos do tamanho dos feijões (queria fazer essa experiência) e misturei no refogado. Deixei fritar bem e quando ficou a estalar,  dei-lhe o primeiro choque com um copo de vinho branco, limpando cuidadosamente os bocadinhos que se acumularam nas paredes da frigideira e baixei o lume.
É preciso dizer que usei um pacote de pimentos pequenos do supermercado e que vinham em três cores: amarelo, vermelho e cor-de-laranja. Estes pimentos por serem tão pequenos ficaram para enfeitar e cortei-os às rodelas, comprei um outro pimento grande e vermelho que cortei às tiras fininhas para usar na confeção do chilli e misturei-o com a carne neste momento, foi também a altura de meter uma colher de sopa de malaguetas secas picadas - o segundo ataque.

Quando o chilli já clamava para ser devorado, portanto com o molho quase desaparecido, juntei duas latas de feijão vermelho, com todo o líquido que lá vem dentro. Misturei cuidadosamente (para não fazer puré de feijão) e provei - estava na hora do terceiro ataque. Uma colher de chá de pimenta-caiena em pó, bem espalhada por cima e depois misturada com o resto. Deixei levantar fervura e coloquei as rodelas dos pimentos pequenos por cima que cozeram nem cinco minutos.

Para acompanhar, arrisquei em arroz branco (basmati) bem solto e em batatas doces fritas.
Sim, temos o hábito de inventar e desta vez foram as batatas doces com casca, bem lavadas e cortadas em rodelas finas com o cortador de legumes.
Depois de bem secas com um pano (praticamente uma a uma...), foram a fritar; cada uma demora meio minuto a ficar boa, uma vez que eram fatias muito finas e o óleo estava quente (as primeiras queimaram-se).
As batatas não levaram sal e o arroz levou só uma pequena pitada, porque todo o sabor que estava no chilli chegou e sobrou.

A experiência de fazer a carne em bocados do tamanho dos feijões mostrou-se um sucesso e as batatas doces fritas são simplesmente espectaculares.
Como cá em casa toda a gente gosta de picante, este chilli ficou na memória e na boca por umas horas.