sábado, 11 de julho de 2015

Arroz de Cabidela de Galinha

11 Julho

Nunca se tinha feito galinha de cabidela cá em casa. Eu devo ter comido uma ou duas vezes em miúdo e o João e o Zé nunca tinham provado. A Anabela, devido à natureza da receita, ficou apreensiva, mas disse, "Como és tu a fazer, eu como". E assim foi.

No nosso talho habitual pedi um belo frango do campo (que pesava três quilos!!!) acompanhado pelo respectivo sangue. Os talhos têm o sangue em sacos de 200ml (??), perfeitamente higienizados e eu trouxe quatro. Ao contrário do habitual, desta vez pedi para arranjar a galinha aos bocados, retirando os peitos.

No supermercado, comprei um quilo de arroz carolino do melhor, duas garrafas de vinho verde tinto e uma de vinagre de vinho tinto. O resto havia cá em casa.

Ingredientes:
1 galinha do campo partida em bocados não muito pequenos.
800ml de sangue de galinha
1 litro de vinho verde tinto
3 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
500g de arroz (para 2 quilos de carne)
duas cebolas grandes
três dentes de alho
duas fatias de bacon
piri-piri
sal
pimenta
louro


Quando chegou a hora, a magia na cozinha começou.
Piquei as cebolas que foram para o tacho (o maior que temos em casa), juntamente com uma boa dose de azeite.
Enquanto a cebola se ia transformando, piquei os alhos que juntei ao tacho após a cebola atingir o ponto e baixei o lume (não queremos alhos queimados...). Duas colheres de café de massa de piri-piri, duas folhas de louro fresco, uma pitada de sal e outra de pimenta, tudo bem mexido e subi o lume de novo. Quando o refogado começou a "estalar", deitei um copo do vinho, devagar e mexendo bem, assim que levantou fervura outra vez, juntei a galinha. Estive sempre ao pé do tacho, mexendo de vez em quando, porque queria que a carne ficasse frita por igual e após alguns minutos deitei mais uma pitada sal e pimenta.

Antes de adicionar a água


Quando ficou com a cor que eu queria, deitei água a ferver, até cobrir a carne juntamente com mais um copo de vinho. Tapei o tacho e fui descansar por 45 minutos, visitando o tacho uma ou duas vezes neste período.



Quando vi que a carne estava quase completamente cozida, iniciei a terceira parte da receita - o arroz.

Retirei toda a galinha do tacho e reservei numa tigela grande. Medi o líquido que ficou no tacho, acrescentando água a ferver suficiente para que a relação seja de três de água para um de arroz. Mexi bem e verifiquei na embalagem que este arroz (carolino Bom Sucesso) leva 11 minutos a cozer (contados após levantar fervura), meti o temporizador nos seis minutos e fui preparar o sangue.

Cada saco de sangue é despejado individualmente para dentro de uma caneca, para que se houver um problema com um saco não estragar o resto, e depois vai para dentro de uma tigela que previamente levou três colhes de sopa de vinagre e mexe-se bem a mistura (eu tive a ajuda do Zé que foi sempre mexendo enquanto eu deitava o conteúdo da caneca), ainda juntei mais um copo de vinho ao sangue -  nesta operação a Anabela ficou o mais longe possível da cozinha, mas devo dizer que não sujámos nada e nem uma gotinha de sangue se perdeu.
Posto isto, o temporizador avisou os seis minutos (ainda faltam cinco, certo?), provei mesmo assim mal cozido, corrigi o sal e passei à quarta e penúltima fase da cabidela.

Com o arroz a ferver voltei a colocar a carne no tacho, envolvendo devagar, e deitei a mistura com o sangue, envolvendo bem. Cinco minutos a ferver e a cabidela ficou pronta!



Imediatamente a seguir veio a última parte. Comer...


... e beber (duas garrafas lembram-se)


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